O limite entre a liberdade de expressão e o crime – com Daniel Bialski Resposta

7 de dez. de 2025 Papo Íntimo

No episódio 63 do Papo Íntimo, Sandra Chayo recebe Daniel Bialski, um dos mais respeitados advogados criminalistas do Brasil e uma liderança ativa dentro e fora da comunidade judaica.

Nascido em São Paulo, Daniel é mestre em Processo Penal pela PUC-SP e atua há mais de 30 anos nos principais tribunais do país, incluindo o STF e o STJ.

É sócio do Bialski Advogados Associados, escritório fundado por seu pai, Dr. Hélio Bialski, com quem dividiu valores profundos como ética, humanidade e amor pela justiça. Sua trajetória vai muito além do Direito. Daniel é uma figura de referência na comunidade judaica brasileira: foi presidente da Sinagoga Beth-El, da Hebraica-SP, vice-presidente da CONIB e conselheiro de instituições como Unibes, CIAM, Hospital Albert Einstein e Museu Judaico de São Paulo.

Após os ataques de 7 de outubro de 2023, Daniel liderou missões a Israel com representantes dos Três Poderes e da imprensa brasileira, fortalecendo ações contra o antissemitismo, o terrorismo e o racismo.

Seu compromisso social e comunitário se estende ainda à construção de pontes entre diferentes correntes judaicas e à defesa do diálogo como ferramenta de transformação.

Pai de três filhos, Daniel tem na família sua maior fonte de amor, propósito e presença. A perda do pai reforçou sua missão de honrar o legado de Dr. Hélio com dignidade, sensibilidade e força.

Ouça o episódio completo e se inspire com a trajetória e a humanidade de Daniel Bialski.

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Apresentação: Sandra Chayo Convidado: Daniel Bialski

Roteiro: Kamila Garcia Supervisão: Fernanda Nagliati

O Papo Íntimo é produzido pela Trinta Dezessete.


Do Flit – Como testemunho : muito inteligente , gente boa, humilde e muito correto ; sou eternamente grato!

A polícia que elegeu Tarcísio hoje está decepcionada…Para contextualizar : depilados e doloridos ! 7

16 de dez. de 2025Tenho percorrido delegacias, batalhões e o sistema prisional e o que vejo é um sentimento claro: o governador Tarcísio está perdendo a base que o elegeu. Policiais militares, civis e penais que fizeram campanha em 2022 estão decepcionados com promessas que não saíram do papel. São Paulo, o estado mais rico do país, paga alguns dos piores salários da segurança pública, vetou projetos importantes, empurrou soluções para a gaveta e abandonou compromissos como moradia, valorização profissional e condições dignas de trabalho. O resultado é desânimo, revolta e a sensação de descaso. Esses profissionais estão na linha de frente, são o rosto do Estado todos os dias, e hoje falam de um governo que prometeu muito e entregou quase nada.

Subsídio: ideia boa, uso ruim por um governo meganha e pederasta 8

O problema central não é o subsídio em si, mas o jeito como o governo Tarcísio arquitetou e executou o modelo: como armadilha fiscal e política, não como instrumento de valorização.

O regime de subsídio (parcela única) nasce no direito brasileiro com a Emenda Constitucional 19/1998, que ampliou o art. 39 da Constituição para prever que certas carreiras de Estado – como magistrados, membros do Ministério Público, ministros, parlamentares e, depois, policiais – passariam a ser remunerados por uma única parcela fixa, vedado o acréscimo de gratificações e adicionais permanentes; a ideia original era moralizar e dar transparência às remunerações, evitando “penduricalhos” e distorções entre carreiras similares. Mas na prática o modelo foi politicamente distorcido : em carreiras fortes, serviu para consolidar padrões remuneratórios elevados; em carreiras fracas ou consideradas destinadas aos fracassados tem sido usado para extinguir direitos individualmente adquiridos e facilitar o arrocho salarial ao longo do tempo.

Um raio-X da anatomia do poder estadual

Teoricamente, o subsídio poderia ser algo positivo:

  • Simplifica a estrutura de vencimentos.
  • Pode reduzir penduricalhos e manobras.
  • Permite, se bem desenhado, reduzir a diferença entre quem está começando e quem está no topo.

O que torna o modelo perverso não é a existência do subsídio, mas:

  • Tabela pensada para “nivelar por baixo”;
  • Criação de vantagens pessoais (tipo VPS) para congelar quem já acumulou direitos;
  • Ausência de paridade/integralidade para os mais novos, transformando o subsídio em armadilha previdenciária, não em proteção ao servidor.

Por que começou pela Polícia Penal

Escolher a Polícia Penal como “projeto piloto” não foi ao acaso, e sim desenho diabólico :

Polícia desarmada não é polícia !

  • Carreira com pouco reconhecimento social, recém-criada constitucionalmente , são guardas de presos , com má reputação de corruptos e violentos , pouca visibilidade do difícil trabalho diuturno e praticamente sem nenhum lobby de alto nível. Um caso que comprova que alterar o nome não muda a essência da coisa. Nada tem de identitário!
  • Servidores dispersos pelo Estado , sem comunicação , com dificuldade de mobilização e pressão política. Sem líderes da própria carreira , sujeitos , ainda, a coronéis da PM bajuladores do governo de plantão. E a Juízes e Promotores corregedores que, literalmente, cagam e andam para o efetivo cumprimento da Lei de Execução Penal .
  • Atualmente , que só conhecem prisões por videoconferência.
  • Facilidade de vender para a opinião pública a narrativa de “modernização do sistema prisional”.

Assim, o governo testou todo o pacote completo: subsídio, extinção de adicionais, criação de VPS e congelamento dos ganhos dos mais antigos e dos aposentados – sem enfrentar consequências proporcionais.

Um alerta: quem fala em modernização trata aposentados e pessoas idosas como sucatas .

Uma vez consolidado o modelo, Tarcísio de Freitas , caso seja reeleito , tentará replicar a lógica em outras carreiras muito frágeis : como a Polícia Civil e a sua Superintendência de polícia técnico-científica. São todos policiais civis !

O objetivo real: arrocho diabolicamente maquinado por militares e membros da PGE

Se o objetivo fosse valorização, o governo teria:

  • Fixado o subsídio tomando como base o maior vencimento real da classe, protegendo quem tem mais tempo de casa.
  • Reduzido os degraus entre início e topo, como se fez na magistratura.
  • Vinculado reajustes anuais aos índices objetivos, garantindo recomposição automática.

O que se vê é o contrário:

  • Subsídio calculado para gerar saldo positivo no orçamento impondo o fim de ganhos reais individualizados ; não é para corrigir distorções históricas.
  • Vantagens pessoais artificialmente criadas ( VPS ) para congelar direitos adquiridos e ir comendo esses valores com os ilusórios reajustes futuros.
  • Foco em carreiras com pouca força política (Polícia Penal, e agora a base operacional da Polícia Civil), preservando segmentos mais organizados e próximos do poder.
  • Digo base operacional da Polícia Civil pelo contingente expressivo de ativos e aposentados.
  • A carreira de delegado de polícia não tem nenhum prestígio social , político e jurídico.
  • Um agente penitenciário diretor de penitenciária se tornou mais importante para o atual governo do que um delegado DIRETOR DE DEPARTAMENTO. Não me perguntem o motivo , pois os processos judiciais são quase certos …Aliás, da parte dos diretores de penitenciárias.

O recado para as carreiras “menores”

A mensagem implícita é clara:

  • Subsídio não para somar, mas para substituir e, com o tempo, reduzir.
  • Carreiras sem peso político servem de laboratório para arrocho, enquanto as de prestígio ( PM , PGE , Defensoria , Fiscais da Fazenda ) mantêm mecanismos próprios de proteção.
  • Quem vive exclusivamente do salário e não tem “atalhos” (bico, esquema, cargo de confiança ) é justamente quem mais apanha.

Em linguagem simples: o subsídio poderia ser um instrumento de justiça e valorização na Polícia Civil, mas, do jeito que o governo Tarcísio – um jeito pederasta de ser – vem desenhando, vira um mecanismo sofisticado de divisão interna ( a estrutural e cultural FELONIA ) procrastinação da reestruturação e de desvalorização contínua dos vencimentos das carreiras com menor poder de influência .

Jeito pederasta de ser , na melhor definição do Flit , começando a “enfiar no cu” da Polícia Penal e mirando, em seguida, o rabo da Polícia Civil …

O resto vem depois , menos para a PM, PGE, Defensoria e a corrupta Fazenda .

Tarcísio – não se deixem enganar – além de querer comer o teu cu quer que você se depile!

Peço a todos os policiais civis que leiam esta pérola de um delegado de polícia elogiando rasgadamente o Tarcísio de Freitas : A “RAPOZA” ! 21

“Tsrcísio tem um histórico de vida excepcional.

De uma inteligência ao ápice.

Mas nunca foi político desde a sua candidatura a governador por SP.

E tenho convicção de que ele entendeu esse nosso sistema ditatorial.

E está trabalhando nos bastidores da política dentro do necessário à sua subsistência.

Ele não é e nunca será traidor.

Não adiantou ele tentar fazer esse jogo de rapoza com os seus inimigos.

Eles perceberem que durante os seus lentos aplausos a sua expressão facial transmitia toda a verdade do seu coração.

Tarcísio foi, é e ainda será um dos maiores instrumentos de Jair Bolsonaro e do conservadorismo como um todo.

E vai nos elevar sobremaneira entre as melhores posições salariais (inicial e final) nos comparativos entre todas as PCs de todas unidades federativas do Brasil.

Contudo, não creio que contarrmos com os nossos representantes na mesa de construção do projeto e com nossos representantes nos cargos de gestão da secretaria e de nossos instituição, para uma simples adequação dos subsídios voltada a nós beneficiar em todos os sentidos.

Digo isso.

Uma simples adequação e só, já seria o suficiente.

Tarcísio será candidato á reeleição por SP.

E sua função hoje, a meu ver, é trazer a maior fatia do centrão possível, para a direita.

Alguém precisa fazer isso para apaziguar e salvar o Brasil.”

Autor : delegado de polícia André de tal, indicado – por ex-meganha “boina azul ” ainda mais bajulador – para se candidatar a futuro diretor da ADPESP, inclusive!


Comentários do Flit:

O texto  acima demostra toda a paixão confessada por  um delegado encantado com “o flanelinha do bolsonarismo” , escrevendo como quem redige bilhete para fã-clube de  “dupla sertaneja “  política.

A rasgação de seda é tão  absurda e desproporcional quanto o abismo entre a gramática que ele domina e o cargo que ocupa.

Quando o delegado  – com puxa-saquismo obsceno – proclama que Tarcísio “foi, é e ainda será um dos maiores instrumentos de Jair Bolsonaro”, abdica do raciocínio crítico e se assume oficialmente como mais um desequilibrado membro de seita .  

Aliás, certamente Tarcísio não iria querer alguém tão bajulador e ignorante na sua camarilha.

A crença messiânica de que esse “instrumento” vai “elevar sobremaneira” salários dos policiais civis e “salvar o Brasil” transforma um debate institucional complexo em promessa de pastor eletrônico para plateia de famintos com diploma de doutor.

Definir o mesmo sistema que o abriga como “ditatorial” e, na linha seguinte, celebrá‑lo como tábua de salvação mostra que o delegado não distingue autoritarismo de conveniência salarial. Ao atribuir ao governador a missão de “trazer a maior fatia do centrão possível, para a direita”, ele escancara que não entende o centrão como máquina fisiológica, mas  como cruzada ideológica redentora.

Ele além do analfabetismo político é simpatizante de organização criminosa.   

Sem esquecer da ignorância linguística do delegado , vez que a  prosa é um boletim de ocorrência contra a língua portuguesa: “contarrmos”, “nossos instituição”, “rapoza”, concordâncias quebradas e vírgulas suicidas.


Se a inteligência do homenageado está “ao ápice”, a sintaxe do autor estacionou no pré‑vestibular; e a fraseologia mística sobre “verdade do seu coração” faria corar até redator de cartão de associação cultural cristã pedindo PIX de Natal.

Em vez de defender projeto institucional sério, o texto reduz a Polícia Civil a claque ansiosa por selfie, palmas lentas e reajuste pingado concedido pelo “líder máximo”.

Um dirigente da Polícia Civil  que deveria argumentar  tecnicamente com o governo ajoelha no altar do bolsonarismo paulista, confundindo fórum de uma ex-carreira jurídica com culto dominical ao “mito” e ao seu herdeiro tecnocrata.

Esse delegado não é autoridade estatal ; é um membro de seita formada por ignorantes aguardando subsídios polpudos …

Sem merecimento!

Doutor André de tal, não sou Machado de Assis , erro muito por escrever muito ; verdadeiramente perdoaria a sua “rapoza” ( com Z ) …

Mas a sua defesa desse “ZORRO” corrupto, cínico e debochador da Polícia Civil: É INTOLERÁVEL!  

Mirosmar , vai se educar  e deixa de usar salto alto cantor de boate azul 14

Esse sujeito , de baixa estatura , resolveu aparentar grandeza ao defender a moralidade política misturada a supostos princípios de honra parental ( honrar pai e mãe )   chamando, em linha torta, as filhas de Silvio Santos de prostitutas.

Prostituto, porém, talvez seja ele: vendendo sua presença em palcos mambembes a prefeituras miseráveis de fim de mundo e a governadores do “Centrão” por dinheiro de emenda parlamentar;  como se fosse patrimônio cultural da humanidade, quando mal passaria num festival de calouros de bairro.

O homem que vive apontando o dedo para a honra alheia faz fila para lamber sola de político em troca de contrato público :  esse é o verdadeiro programa.

O michê “oficial” beira os 500 mil reais, valor que só pode ser levado a sério por gabinete de vereador com assessor especializado em nota fria.

Nenhum produtor de evento realmente exposto ao risco do próprio bolso pagaria o equivalente a 100 mil dólares para ouvir grito estridente de um consumidor de cachaça  embalado em clichê sertanejo de 1993.

Em mercado minimamente racional, esse show seria negociado a preço de rodízio de pizza – bebida não inclusa – e olhe lá!  

O milagre da multiplicação do cachê só acontece quando o pagador é o contribuinte, e o fiscal da conta está ocupado tirando selfie no camarim no aguardo do “repasse”.

Enquanto isso, o “guardião da memória da família Abravanel ” discursa como se fosse um expoente da honra nacional, mas atua como atravessador de verbas públicas em forma de sertanejo brega e desafinado.

A moral que ele cobra dos outros não resiste a três cliques no Google , nem a meia dúzia de perguntas objetivas  de um Delegado de Polícia sobre quem contratou, quanto pagou e o que, de fato, foi entregue.

Quem chama herdeira de empresário de “prostituta” por divergência política, fazendo pose anjo da moralidade administrativa , mas sobe ao palco irrigado a dinheiro de emenda, é só isso: um moralista de bordel público, pago por fora e desafinado por dentro.

O Flit Paralisante é obrigado a fazer graça dessa  triste figura de nome Mirosmar, aliás um nome exótico  misturando o Miro com o Osmar !

O homem apenas só ressaltou a sua pequenez e soberba, pois de forma obliqua chamou as filhas do Silvio Santos de prostitutas e que sua aparição em especial de Natal deveria ser cancelada…Ele não precisa!

Quem não precisa do Zezé é o SBT.

Mas, sim, cometeu  eventual crime contra a honra dos sucessores do fundador do SBT.

De fato, um cantor medíocre , um compositor ainda mais medíocre por beirar ao analfabetismo ; que só chegou ao sucesso por conta do carisma do irmão mais novo.

O Luciano ;  que não suportou mais conviver com esse diminuto narcisista.

Mirosmar , sem ironia , verdadeiramente, a única coisa que tu fizeste de bom na tua vida é a Vanessa …

Certamente uma composição muito mais da mãe do que tua!

Vai se educar  e deixa de usar salto alto ,   bolsonarista de puteiro!

Visão romantizada da ADPESP e da união dos delegados é equivocada… 8

Em resposta ao leitor OFICIAL ESCRITIRA sobre unidade , participação e a greve de 2008

O comentário do leitor acerta no ponto central – sem unidade de base, qualquer governo desmonta o serviço público –, mas erra justamente onde idealiza o papel dos delegados e da ADPESP na história recente da Polícia Civil. 

A greve de 2008 mostra o contrário do que ele descreve: o movimento nasceu de baixo para cima, de grupos orgânicos, principalmente no interior, irradiando‑se para a capital sem comando inicial das entidades tradicionais e muito menos da associação de delegados.

Foram policiais jovens, com disposição para confronto político real, que articularam paralisações, assembleias e atos até o confronto em frente ao Palácio dos Bandeirantes; quando a ADPESP entrou em cena, a greve já tinha vida própria.

Nesse processo, três figuras ganharam protagonismo: João Rebouças, presidente do sindicato dos investigadores, que virou rosto sindical do movimento, explicando a greve à imprensa e responsabilizando o governo pela escalada; Marilda, liderança emergente, de origem humilde nas áreas de saúde e educação, que costurou grupos, aproximou interior e capital e deu capilaridade à mobilização entre os operacionais; e o deputado Major Olímpio, que assumiu o papel de porta‑voz político da revolta na Alesp, blindando e amplificando uma luta que o governo tentava reduzir a “motim corporativo”. 

A ADPESP, sob Sérgio Roque, incialmente , fez o oposto do mito: resistiu à greve, tentou contê‑la e só se reposicionou quando percebeu que seria atropelada pela realidade, comportando‑se como quem “inaugura obra alheia” ao sentar-se à mesa de negociação e falar em nome de um movimento que não organizou.

Todos os Sindicatos de Policiais foram fundamentais nas tratativas com os Tribunais e buscando o apoio de entidades como CUT , CGT , entre outros.

Não esquecendo das associações das Praças da Polícia Militar.

O FLIT E A CENSURA JUDICIAL

No auge da greve um Juiz do DIPO , mal-intencionado , acatando representação de um corrupto delegado do DEIC , ordenou ao Google que o FLIT PARALISANTE fosse extinto ( deletado , excluído ) , dado que era “anônimo” , incitava a greve a atos de insubordinação e de violência contra autoridades do Estado.

Para quem não acompanhou , o FLIT – como não havia redes sociais ou serviços de mensagens em massa – se tornou a fonte de informação em tempo real, especialmente dos operacionais –  empregando-se os comentários que  foram franqueados sem nenhum mecanismo de filtragem ou de bloqueio .

A RETALIAÇÃO DA ADPESP E O GRUPO DELPOL-PC

Destacando a importância de um grupo denominado DELPOL -PC ( Dr. Décio ) , formado pelos excluídos da ADPESP , em abril de 2007 , pelo seu presidente e seus luminares diretores, incomodados que estavam com os assuntos do “FORUM da ADPESP” , uma forma de chat em que os delegados , especialmente do interior , passaram a se conhecer e trocar ideais .  

Desde o FÓRUM , criado pelo próprio Roque – éramos o mais subversivo e extinguiram o espaço , principalmente , pelo que estávamos escrevendo preparando um movimento grevista.

Certamente , não foi iniciativa do Roque , estava sendo muito pressionado por um delegado corrupto que foi Diretor da Corregepol – lembra corrida de Fórmula 1 – que até confirmou em depoimento em PAD que ele e outros queriam a nossa expulsão da entidade .

O presidente negou: ” pegaria mal” !

A gota d’agua foi uma postagem chamada ESTAMOS TODOS CORRUPTOS!

Retomando ao Flit como papel de mensageiro durante a greve ,  alguns comentários posteriormente foram retirados por natureza meramente ofensiva.

Mas respondemos a muitas sindicâncias e processos : civis, criminais e administrativos.

É nesse cenário que o “sacrifício” de Domingos Paulo Neto deve ser lido.

Quando Roque  – o presidente da ADPESP inicialmente contrário à greve – foi afastado do DIPOL em pleno movimento , Domingos entregou o cargo “em solidariedade”, gesto que foi vendido como ato de coragem classista e que, politicamente, o impulsionou até o cargo de Delegado Geral anos depois. 

O leitor vê aí um exemplo de consciência de poder; a cronologia e as investigações sobre contratos e licitações do DIPOL sugerem algo mais prosaico: uma conversão oportunista ao estilo estrada de Damasco, em que o protagonista sai do centro do problema no momento certo, preserva a própria biografia e deixa subordinados e pares arderem na fogueira disciplinar enquanto volta, por cima, como chefe máximo da instituição.

O resultado concreto da greve, para a massa da categoria, não foi liderança iluminada, mas um aprofundamento da distância entre delegados e demais carreiras.

Se durante a greve a ação foi de contenção, após a greve a estratégia foi de esvaziamento

A própria trajetória posterior da ADPESP mostra como a unidade foi sendo sabotada por dentro.

Depois da greve, a mesma Marilda que surgira da base foi eleita presidenta da entidade em 2010, com votos decisivos do interior, derrotando André Dahmer e outros nomes ligados aos “donos da Polícia Civil”.

O voto presencial, nas sedes das Delegacias Seccionais, era o grande momento de rever os colegas, de demonstrar unidade de classe e consciência do próprio poder. Era dia de festa, de congregação, de ver ativos e aposentados lado a lado. Nenhum faltava: além do dever de participação, era a confraternização de dezembro com os pares antigos.

Foi exatamente isso que determinados delegados, no comando da ADPESP, trataram de matar: a união e a participação de verdade, substituídos por um modelo que afastou a base da urna e se aproximou da cúpula do controle silencioso da entidade.

No diagnóstico sobre o governo atual, o leitor volta a acertar: há uma clara sequência de ataques – Sabesp, professores, policiais penais, pesquisadores científicos, e agora Polícia Civil –, todos embalados em discursos de “modernização”, “subsídio” e “reestruturação”. 

Na Polícia Penal, o subsídio com VPS congelou a vida de quem tinha mais tempo de carreira; nos pesquisadores, o mesmo modelo surge para cortar quinquênios e variáveis; na Polícia Civil, tenta‑se emplacar pacote análogo, começando de novo pelos segmentos mais frágeis política e sindicalmente. 

É a mesma lógica que você, leitor, identificou na enfermagem: categoria exaurida, com jornadas múltiplas, baixa discussão política e pouca participação em entidades, vira laboratório preferencial para reformas que, depois, se expandem para o resto do serviço público.

Onde a análise do comentário precisa ser corrigida é na idealização de que “os delegados são mais conscientes do poder que têm e são mais unidos e participativos”.

O que existe, em geral, é mais capital social, mais acesso à mídia e ao Legislativo , mais tempo e recursos para atuar em associações, além de menor risco disciplinar para quem está em cargos comissionados. 

Isso produz a aparência de liderança esclarecida, quando muitas vezes se trata apenas de uma minoria bem-posicionada, oportunista , governista , cuidando dos próprios interesses e aceitando, como moeda de troca, pacotes que sacrificam base operacional , os intermediários  das  carreiras e futuros ingressantes. 

A prova está na história: quando a base se mexeu de verdade, em 2008, não foi porque delegados eram mais conscientes; foi porque investigadores, escrivães e demais policiais decidiram, apesar das cúpulas, enfrentar governo e DGP.

Por isso, a resposta honesta ao comentário é esta: sim, sem unidade não há salvação para servidor público, seja sob governo de esquerda ou de direita; sim, a desunião dos policiais civis ajuda o governo a aplicar o mesmo roteiro de desmonte que já devastou outras carreiras. 

Mas não há saída enquanto se continuar esperando que a ADPESP ou qualquer cúpula “tome a dianteira”.

As poucas vezes em que algo avançou foi quando a base – inclusive delegados de origem mais humilde, como Marilda – tomou a dianteira contra a inércia das próprias entidades e recusou o papel de plateia. 

Quem ainda acredita em “delegado mais consciente” como solução está, no fundo, repetindo a ilusão que sustentou a carreira até aqui: a esperança de que meia dúzia pense por todos, enquanto a maioria trabalha, sofre e, no fim, paga a conta.

Aliás, a Marilda  ganhou duas vezes as eleições da ADPESP e , apesar de todas as dificuldades , obteve conquistas para os Delegados e , indiretamente , para as demais carreiras .

Ela era do Interior!

Sendo redundante : necessário ressaltar que , em razão de ser uma líder nata , de origem de carreiras humildades na suade e educação , Marilda – uma 3ª classe – do Interior – foi eleita a primeira presidenta da ADPESP , em 2010 , justamente competindo com SÉRGIO ROQUE ,  apoiado por DOMINGOS PAULO NETO.

Com a força dos  votos do interior quando eram presenciais .

E foi reeleita em 2012 , salvo engano , competindo diretamente com o próprio assistente do Dr. Domingos Paulo Neto: André Dahmer , que  já estava a caminho da demissão a bem do serviço público.   

E foram os votos do interior que a reelegeram , pois na Capital  o concorrente  – e sua chapa – era imbatível .

O sucessor da Marilda – como principal ato de gestão – sob a alegação de simplificação , facilidade para os delegados e economia de recursos – acabou com a eleição presencial nas Seccionais do Interior ; desativou a eletrônica ( que aparentemente não chegou a ser empregada ) ; restando apenas a opção que raros utilizavam : o voto pelo correio.  

Mantendo apenas a presencial na sede da ADPESP.

Os Delegados dos Departamentos da Capital votam sob duas fiscalizações: os fiscais das chapas e os fiscais dos seus superiores.

Assim , a entidade hoje não passa de um “bom-prato” no almoço e boteco de fim de tarde feliz para delegados da Capital .   

Virou motivo der escárnio !

Deveria alterar o nome para: Associação dos Delegados de Polícia Paulistanos.

O comentário do leitor acerta no ponto central, mas erra em relação à consciência de classe e união dos delegados da ADPESP.

Não esperem muito dessa entidade…Ou melhor: não esperem nada!

Nem eles mesmos podem esperar algo de bom.

Reiterando para fixação : a greve de 2008 (a mesma citada pelo leitor como de 2009 ) mostra exatamente o contrário do que ele descreve: o movimento nasceu de baixo para cima, de grupos organizados por delegados expulsos da ADPESP em maio de 2007 , criando-se o Grupo DEOLPOL-PC ( o original ).

Ainda durante a greve , desliguei-me do Grupo , pois foi tomado por “espiões” e por gente que só domina a lei de Murici: eu cuido de mim cada um cuida de si!

Sabotadores e desagregadores!

A questão que fica é: como reconstruir a unidade de base hoje, sem repetir os erros do passado?

Atenção, policiais civis e científicos: o que aconteceu com a Penal pode acontecer conosco! 17

 sexta, 05 de dezembro de 2025 , Por: SINPCRESP


A Polícia Penal de São Paulo passou por uma “modernização” que se tornou um pesadelo para quem mais se dedicou à carreira. E esso pode ser nosso futuro com a nova Lei Orgânica!

O governo implementou o sistema de subsídio prometendo “simplificação” e “valorização”. Na prática, criaram um modelo que enquadrou servidores pelo valor salarial total, não pelo tempo de carreira, criou a “Vantagem Pessoal de Subsídio” (VPS) para mascarar perdas e penalizar quem mais acumulou direitos e experiência.

O enquadramento partiu da soma da remuneração total de cada servidor (salário-base, gratificações e direitos). Com base nesse valor, cada um foi alocado em uma das novas Classes (divididas em categorias de A a C). A grande armadilha foi a criação da VPS: em vez de promover o servidor para a Classe superior, quando seu salário ultrapassava o teto desta, ele era mantido na mesma classe, e a diferença se tornava uma VPS que é corroída pelos futuros aumentos, congelando o salário.

Resultado devastador
Servidores com mais de 20 anos de Polícia Penal ficarão estagnados, sem perspectiva de crescimento. Os futuros aumentos são absorvidos pela VPS até ela zerar completamente. O governo anuncia reajustes com percentuais que não chegam efetivamente ao bolso do servidor, criando aumentos “ilusórios”. Paradoxalmente, quem mais lutou por seus direitos foi o mais prejudicado pelo próprio sucesso em conquistá-los.

Há servidores em final de carreira que não receberão aumento nominal por anos. Muitos acumularam VPS que está sendo consumida a cada reajuste concedido. Profissionais experientes, em termos reais, estão ganhando menos que novatos que ingressaram recentemente na carreira.

A mecânica da transição: como a valorização se transforma em armadilha

O processo de transição para o subsídio, como visto no caso da Polícia Penal, segue uma lógica aparentemente simples, mas com consequências profundas:

1. Cálculo da Remuneração Atual: O ponto de partida é a soma de todos os componentes do salário do servidor: o vencimento-base, adicionais por tempo de serviço (quinquênios e sexta-parte), gratificações incorporadas por funções de chefia ou direção, e outros direitos adquiridos, muitas vezes por meio de longas batalhas judiciais.

2. Enquadramento por Faixa Salarial: O governo estabelece novas categorias (A-C) dentro das atuais classes, cada uma com um teto remuneratório definido. O servidor é então alocado na categoria correspondente ao seu salário bruto total, com base na sua classe originária. Quem ganha menos, fica nas categorias iniciais; quem ganha mais, vai para as categorias finais.

3. A Criação da “Vantagem Pessoal de Subsídio” (VPS): O Ponto Crítico: Aqui reside o cerne do problema. O que acontece com um Perito Criminal em final de carreira, com décadas de serviço, múltiplos quinquênios, sexta-parte e talvez gratificações de chefia incorporadas, cuja remuneração total ultrapassa o teto da categoria mais alta, dentro da sua classe? Para não haver uma redução salarial nominal – o que é vedado pela Constituição –, o governo cria a chamada “Vantagem Pessoal de Subsídio” (VPS).

4. A VPS funciona como um “complemento” para que o servidor não perca dinheiro no momento da transição. Ao invés de subir de classe, ele é enquadrado na última categoria, recebendo o valor máximo daquela classe, e a diferença que excede esse teto é paga como VPS. À primeira vista, parece uma solução justa. Na prática, é o início de uma estagnação programada. A VPS não é um direito permanente; ela é uma verba temporária, destinada a ser “corroída” ou “absorvida” por todos os futuros reajustes concedidos.

E a Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica?


A nova Lei Orgânica pode trazer o mesmo modelo para nossa categoria. Os sinais são claros: há um discurso de “modernização” e “simplificação”, promessas de “valorização” sem detalhes técnicos e pressão para aprovação rápida sem debate amplo com a categoria.

Precisamos de mobilização imediata contra qualquer modelo que prejudique direitos adquiridos, transparência total sobre os critérios de enquadramento, garantias constitucionais de irredutibilidade salarial real e análise técnica independente de qualquer proposta apresentada.

A experiência da Polícia Penal é nosso alerta. Não podemos deixar que décadas de luta por direitos sejam destruídas por um sistema que beneficia apenas o governo, reduzindo gastos às custas da carreira policial. Nossa força está na união e na informação. Quanto mais policiais souberem dessa realidade, mais forte será nossa resistência.

Compartilhe este post para que todos entendam o que está acontecendo e o que pode acontecer com nossa carreira. A luta por um plano justo e que valorize a Polícia continua!